quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Nacionalismo e identidade nacional

Falamos nesta quadra da História em nacionalismo, mas a experiência que temos da hisatória mundia nem sempre e das melhores ou por vezes trata-se apenas de um nacionalismo econômico, ou seja. Esta visão, economicista, não leva enconta o desenvolvimento do espírito nacional.

Marx afirma que um sistema, neste caso o capitalista, não se dissolverá enquanto não se esgotarem suas possibilidades e, na “Crítica à filosofia do Direito”, dirá o mesmo em relação à filosofia. Ocorre que o governo Lula, pela via econômica, vez que esta identidade era econômica, esgotou o modelo do homem cordial de Sérgio buarque, deixando em nós um vazio sobre quem é o ser Brasileiro, aquele que diz que não desiste nunca.

Esta nova forma de ser Brasileiro surge da prática e clama, desde já, por descobrir sua identidade, seu modo de pensar sob pena de, por meio das elites, ver seu Estado e sua sociedade civil perderem sua capacidade colaborativa em decorrência do não reconhecimento indentitário.Ora, é isto mesmo que desejam os setores que pretendem ver nossa cultura subjugada à um desenvolvimento não soberano, ligado à uma suposta “cultura mundial”.

Existem evidências à exaustão disto como, por exemplo, a interpretação da política por meio dos corredores norte-sul, sendo o primeiro regionalista e atrasado e o segundo desenvolvido e cosmopolita; as manifestações antinordesteoriundas de uma elite paulista; e o preconceitoque experimentamos durante anos com o Presidente Lula e sua esposa.

Tais fatos significam que não será tarefa de somenos encontrar o “ser brasileiro” em seu elemento cultural. Para tanto será necessário um esforço reconstrutivo de nossa cultura nacional e nossas relações com a comunidade lusófona, bem como uma investigação séria acerca de de nossa literatura, nossa arte e de nossa produção filosófica.Tal caráter, pela peculiaridade da formação do Estado e da sociedade brasileira, embora identitário, não será homogêneo.

Ora, subsistirá o traço essencialista que permitirá o reconhecimento de nossa brasilidade. Este se fundará num resgate histórico do espírito brasileiro e não no caráter historiográfico da miscigenação. Isto por que fundar-se na miscigenação somente servirá para negar o caráter identitário brasileiro formado pela junção dialética de diversas culturas.

Somente este caráter identitário nos fornecerá elementos para compreender o povo brasileiro e, só então, cunhar um projeto político que seja amplo e tenha apoio das massas. Tal fato elevará a tese do nacionalismo do plano econômico ao plano humano de realização de todas as nossas capacidades criativas e da maximização do nosso caráter democrático.

Isto por que tal projeto permitirá recolocar a política em seu devido lugar e fixar o partido como pólo de referência de opinião, ou seja, colocá-lo em sua posição privilegiada de, por incluir diversos tipos de formulação poderem ser àqueles que disputa com este projeto caduco de Brasilidade.

Assim, está em nossas mãos, da juventude, redescobrir o Brasil e suas particularidades culturais e democráticas associando-nos a todo tipo de luta deste povo sofrido para que possamos disputar campos de ideias com os conservadores. Por outras palavras, para que possamos nas lutas democráticas oferecer os argumentos que incrementarão o nível de consciência do povo.

Somente isto nos livrará do engano Estatista e do mercadológico em direção a uma sociedade que se organiza e assume para si, na presença de sua vanguarda, a tarefa de construir seu futuro com colaboração e cooperação.

Quero, por fim, ressaltar, que se trata de transformar nosso sonho em realidadee não da mera utopia ou pensamento vazio, pois depende somente de nós transpôr o quietismo. E já mostramos ao longo da história que somos capazes. O que proponho, em suma, é somente uma investigação que nos mostre o que é necessário para que o Brasileiro transponha o individualistamo e tome para si a tarefa de mudar o mundo.

Fácil? Certo que não é mas também é certo que é dever de nossa geração, que vive no olho do furacão, buscar estes novos caminhos.

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