O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, participou nesta terça-feira (15) do debate realizado na Câmara Federal, em Brasília, sobre o reajuste do salário mínimo para 2011. O dirigente foi duro ao se dirigir ao plenário e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que o projeto de desenvolvimento do país estará em jogo durante a votação que definirá o valor do benefício.
Para o presidente da CTB o problema não é falta de dinheiro
“Ou a presidenta Dilma aprofunda os caminhos já iniciados por Lula, ou o Brasil vai para a recessão. Temos que escolher entre o desenvolvimento ou a especulação”, afirmou Wagner Gomes, fechando a lista de representantes das outras centrais sindicais que também puderam discursar e se contrapor à proposta de R$ 545,00 defendida pelo governo.
Pressão
Dezenas de dirigentes sindicais compareceram à Câmara dos Deputados para pressionar os parlamentares. Os sindicalistas cobram da presidente Dilma Rousseff o cumprimento de promessa feita durante a campanha presidencial de que o mínimo teria aumento real neste ano, apesar da estagnação do PIB em 2009.
Eles estão esperançosos. "O que tínhamos que fazer, nós fizemos. Confiamos que os deputados irão votar a nosso favor" disse Oswaldo Lourenço, outro dirigente da CTB.
50 centavos
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, chamou a atenção dos deputados para a necessidade do aumento real. "Nós estamos convencidos de que é preciso aumentar o salário mínimo acima da inflação. Não é possível que um governo não dê um aumento nem de 50 centavos para os trabalhadores brasileiros", disse Paulinho.
O deputado do PDT afirmou que o acordo assinado há quatro anos prevê uma política de valorização do salário mínimo e não de correção. "É isso que estamos pedindo de reajuste para o trabalhador. São R$ 15 por mês, R$ 0,50 centavos por dia".
O secretário da UGT, Canindé Pegado, disse que o protocolo de intenções assinado com o governo em 2006 prevê uma reavaliação da política de valorização do salário mínimo em 2011. Ele afirmou que esta reavaliação seria feita
Desenvolvimento ou rentismo
Para o presidente da CTB, que falou após a exposição de Mantega, ficou claro que o que está por trás da questão do reajuste não é o fato de o Brasil ter dinheiro para isso ou não. Trata-se, segundo o sindicalista, de uma escolha de projeto para o país nos próximos anos. “Não se trata de discutir se há ou não acordo, mas sim se o país vai continuar se desenvolvendo ou se o país vai viver de aplicação em renda, em dinheiro de fora, sem privilegiar a produção”, disse.
Wagner Gomes lembrou também do modo como o governo federal enfrentou a crise financeira em 2009 – razão alegada por Mantega para o pequeno reajuste do mínimo em 2011. O dirigente cetebista quer que os trabalhadores recebam o mesmo tratamento que banqueiros e empresários obtiveram na ocasião. “O governo em 2009 injetou bilhões de reais para enfrentar a crise. O que pedimos hoje é algo parecido. Por que não antecipar ao menos 3% do reajuste do ano que vem para 2011?”, questionou.
O projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 será votado nesta quarta-feira (16) na Câmara dos Deputados e depois será remetido ao Senado. Centenas de sindicalistas permanecerão em Brasília para acompanhar a votação.
Para o presidente da CTB o problema não é falta de dinheiro
“Ou a presidenta Dilma aprofunda os caminhos já iniciados por Lula, ou o Brasil vai para a recessão. Temos que escolher entre o desenvolvimento ou a especulação”, afirmou Wagner Gomes, fechando a lista de representantes das outras centrais sindicais que também puderam discursar e se contrapor à proposta de R$ 545,00 defendida pelo governo.
Pressão
Dezenas de dirigentes sindicais compareceram à Câmara dos Deputados para pressionar os parlamentares. Os sindicalistas cobram da presidente Dilma Rousseff o cumprimento de promessa feita durante a campanha presidencial de que o mínimo teria aumento real neste ano, apesar da estagnação do PIB em 2009.
Eles estão esperançosos. "O que tínhamos que fazer, nós fizemos. Confiamos que os deputados irão votar a nosso favor" disse Oswaldo Lourenço, outro dirigente da CTB.
50 centavos
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, chamou a atenção dos deputados para a necessidade do aumento real. "Nós estamos convencidos de que é preciso aumentar o salário mínimo acima da inflação. Não é possível que um governo não dê um aumento nem de 50 centavos para os trabalhadores brasileiros", disse Paulinho.
O deputado do PDT afirmou que o acordo assinado há quatro anos prevê uma política de valorização do salário mínimo e não de correção. "É isso que estamos pedindo de reajuste para o trabalhador. São R$ 15 por mês, R$ 0,50 centavos por dia".
O secretário da UGT, Canindé Pegado, disse que o protocolo de intenções assinado com o governo em 2006 prevê uma reavaliação da política de valorização do salário mínimo em 2011. Ele afirmou que esta reavaliação seria feita
Desenvolvimento ou rentismo
Para o presidente da CTB, que falou após a exposição de Mantega, ficou claro que o que está por trás da questão do reajuste não é o fato de o Brasil ter dinheiro para isso ou não. Trata-se, segundo o sindicalista, de uma escolha de projeto para o país nos próximos anos. “Não se trata de discutir se há ou não acordo, mas sim se o país vai continuar se desenvolvendo ou se o país vai viver de aplicação em renda, em dinheiro de fora, sem privilegiar a produção”, disse.
Wagner Gomes lembrou também do modo como o governo federal enfrentou a crise financeira em 2009 – razão alegada por Mantega para o pequeno reajuste do mínimo em 2011. O dirigente cetebista quer que os trabalhadores recebam o mesmo tratamento que banqueiros e empresários obtiveram na ocasião. “O governo em 2009 injetou bilhões de reais para enfrentar a crise. O que pedimos hoje é algo parecido. Por que não antecipar ao menos 3% do reajuste do ano que vem para 2011?”, questionou.
O projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 será votado nesta quarta-feira (16) na Câmara dos Deputados e depois será remetido ao Senado. Centenas de sindicalistas permanecerão em Brasília para acompanhar a votação.
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